O consumidor brasileiro está cada vez mais atento aos produtos e marcas que endossa. Seja atento ao valor nutricional dos alimentos ou preocupado com sua pegada ambiental. O movimento vem se acentuando com a chegada das gerações mais jovens e com a mudança no perfil de consumo. É o que aponta a última edição da pesquisa “Vida Saudável e Sustentável”, do Instituto Akatu, que trabalha pela conscientização e mobilização da sociedade para o consumo consciente.
O levantamento apontou ainda que não é fácil para o consumidor, de maneira geral, identificar marcas e empresas com produtos saudáveis e sustentáveis. Portanto, há espaço para uma comunicação mais eficaz sobre a sustentabilidade de alimentos embalados, que pode elevar a percepção de valor dos consumidores e gerar melhor conexão com esses clientes, além de contribuir na educação para o consumo consciente.
“É o quarto ano que realizamos esse levantamento e, cada vez mais, a sustentabilidade e a saudabilidade aparecem como atributos muito importantes para o consumidor brasileiro. Então, o recado que o estudo traz para as empresas é que, oferecendo produtos de fato mais saudáveis e sustentáveis, elas terão maior oportunidade de mercado e ganho reputacional", destaca Bruna Tiussu, gerente de Comunicação do Instituto Akatu.
A pesquisa foi realizada em 31 países, incluindo o Brasil, e foi administrada pela GlobeScan, que conduziu questionário on-line para aproximadamente 1.000 adultos por país e a coleta de dados ocorreu em junho e julho de 2022.
O estudo mostrou que esse perfil de consumidor está atento à sustentabilidade do produto como um todo, e recompensa empresas responsáveis. Entre 43% e 55% dos brasileiros declaram que o fato de um produto ser ecologicamente correto influencia muito a sua decisão de compra. Em alimentos e bebidas embalados, esse atributo é essencial para 48% dos brasileiros, atrás apenas de produtos de cuidado pessoal e de limpeza.
É importante ressaltar que, mesmo com uma percepção de aumento geral dos preços de alimentos no Brasil e no mundo, 6 em cada 10 pessoas (61% no Brasil e 64% na média global) estão dispostas a pagar mais por alimentos saudáveis e sustentáveis.
“Nós já vínhamos percebendo um movimento de maior atenção para a embalagem em si e os dados de 2023 só reforçam essa tendência. Aqui no Brasil, falar de resíduos é um dos temas “porta de entrada” para o consumo consciente. Isso, naturalmente, faz com que os consumidores prestem mais atenção nas embalagens dos produtos que compram. Então, vemos que um pouco mais de 50% dos brasileiros são muito influenciados por marcas que desenvolvem programas de reciclagem ou de reuso de embalagens, sendo esses programas um fator de decisão de compra”, afirmou a executiva.
Como uma empresa comprometida com a sustentabilidade, a Tetra Pak já oferece embalagens cartonadas com até 91% de conteúdo renovável. As caixinhas são certificadas pela Carbon Trust, FSCTM C014047, Bonsucro e ASI, que atestam a redução na pegada de carbono e o manejo responsável da matéria-prima (cana-de-açúcar, papel e alumínio) utilizada para a produção das embalagens.
A Tetra Pak tem a ambição de entregar a embalagem de alimentos mais sustentável do mundo. Para que isso seja uma realidade, a companhia vem investindo, globalmente, 100 milhões de euros ao ano com foco no desenvolvimento de soluções sustentáveis para seu portfólio de embalagens.
Além disso, a Tetra Pak atua, há mais de 25 anos, no fomento à cadeia de reciclagem no Brasil, estimulando que todos os elos da cadeia estejam conectados e trabalhando com a tecnologia e infraestrutura necessárias para reciclar as embalagens longa vida, que hoje servem de matéria-prima para a produção de bicicletas, móveis, telhas e pisos, dentre outros materiais de alto valor agregado.
Entretanto, o levantamento do Akatu identificou que não é tão fácil para o consumidor reconhecer os atributos ecológicos dos produtos. Por exemplo, se é uma embalagem reciclável, biodegradável ou feita com material reciclado. São termos que ainda causam confusão, então é fundamental o esforço de esclarecer o que faz essa embalagem ser melhor no quesito sustentabilidade, até para facilitar o momento de escolha do consumidor.
Aproximadamente de 60% dos brasileiros já foram impactos de alguma forma por comunicações de alimentos e bebidas embalados ecologicamente corretos. Invertendo o olhar, isso significa que uma há uma parcela muito significativa (cerca de 40%) que não recebeu informações sobre a sustentabilidade desses produtos e, ou seja, é potencial cliente.
“Tanto no Brasil quanto no mundo, tem crescido a decisão de compra por meio do que se lê na embalagem, como certificações que atestem a saudabilidade e sustentabilidade do produto. Isso ajuda o consumidor a escolher qual item levar para casa. A comunicação se dá por canais múltiplos e é preciso explorar todos eles”, ressaltou a executiva do Akatu.
Ser efetivo na comunicação é fundamental para munir o consumidor com as informações de que precisa para escolher o produto que melhor atende as suas necessidades. Alguns recursos podem ajudar nesse diálogo e aproximar as marcas do consumidor. Com QR Codes, por exemplo, é possível criar interações com as marcas por meio das embalagens para que os clientes busquem mais dados sobre o produto e recebam informações relevantes sobre a empresa.
O Instituto também trabalha com as Diretrizes para o Fornecimento de Informações sobre Atributos de Sustentabilidade dos Produtos desenvolvidas pelo PNUMA (Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente), que estabelece 5 princípios básicos para as empresas fugirem do greenwashing: clareza, relevância, confiabilidade, transparência e acessibilidade.
Fundado em 2001, o Instituto Akatu é uma organização não governamental sem fins lucrativos que trabalha pela conscientização e mobilização da sociedade para o consumo consciente, se quiser conhecer mais, acesse o site.